É em 1979 que, tendo por base o Movimento de Pró-Organização e Restauração da Praxe Académica de Coimbra, surge a ideia de criação da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (SF/AAC), a qual se pretendia virada para a divulgação do Fado de Coimbra e da cultura Académica de Coimbra no geral, ao tempo tão aviltadas. Depressa se percebeu que a Canção de Coimbra não era suficiente para prender os estudantes de toda a Academia, tendo sito também com este propósito que se criaram outros grupos, como a Orquestra Típica e Rancho ou a Orxestra Pitagórica.
Havia, no entanto, um espaço a preencher na Academia. A Secção de Fado, já com uma atividade sólida, desloca-se a Espanha nos anos 80 com os seus grupos de fado para participar num Certame de Tunas, um género de grupo que não existia na altura em Portugal, pelo menos com os moldes que hoje lhe conhecemos.
Assim, e com o objetivo de recuperar o espírito da “velha” Estudantina Académica de Coimbra no seio da Secção de Fado, estreia-se a Estudantina Universitária de Coimbra na Póvoa do Lanhoso, uns tempos antes do enorme sucesso que viria a ter no Sarau de Gala da Queima das Fitas de 1985.
Cumpre destacar a deslocação a Sevilha, na Expo92; a participação nas comemorações oficiais do dia de Portugal na Expo98, a deslocação a S.Tomé e Príncipe em 1989, tendo como consequência a fundação da Associação de Amizade Coimbra/ S.Tomé; a digressão a Itália em Maio de 1994, por ocasião da visita oficial de S. Ex.a o Presidente da República Poertuguesa Dr. Mário Soares, tendo atuado no jantar de gala oferecido às individualidades italianas, no Palácio Ducal em Génova; a representação de Portugal na reunião de todos os países com assento na OTAN; a participação no programa cultural do Pavilhão de Portugal na Expo Saragoza 2008. Mais recentemente destaca-se a presença na Final da Taça de Portugal 2012, ganha pela Académica, e as viagens à América do Norte mantendo o contacto com as várias comunidades portuguesas.
A Estudantina foi agraciada em 1990 com a Medalha de Mérito do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. É ainda Tuna de Honra da Tuna de Arquitetura de Valladolid e da Tuna de Direito de Múrcia, da Tuna de San Martin de Porres (Peru) e da Cuarentuna de Marbella. Encontra-se geminada com a Tuna Universitária de Salamanca, com a Tuna de Arquitetura de Valladolid, com a Cuarentuna de Alicante, com a Tuna Universitária de Zaragoza e com a Tuna de Veteranos da Curuña.
Tem participado ao longo dos seus 35 anos nos mais reconhecidos Festivais e Certames de Tunas, nacionais e internacionais, tendo sido galardoada com inúmeros prémios que são o reconhecimento da sua crescente evolução artistica. Conta com 4 trabalhos discográficos editados: “Estudantina Passa” (1989); “Canto da Noite” (1992);
“Portugal Total” (1998); “25 anos de Sonho e Tradição) (2010) e encontra-se atualmente a gravar um novo trabalho. Todos eles são compostos por temas originais da própria Estudantina ou orquestrados pelo grupo.
A Estudantina organiza ainda anulamente o FESTUNA- Festival Interncional de Tunas de Coimbra que cumpre este ano a sua 30a Edição que se pretende que seja uma grande festa Cultural da Academia e da própria cidade de Coimbra.